28.4.05
25.4.05
24.4.05
em cada rosto igualdade
22.4.05
pick yourself off the ground
Young man, there's no need to feel down.
I said, young man, pick yourself off the ground.
I said, young man, 'cause you're in a new town
There's no need to be unhappy.
Young man, there's a place you can go.
I said, young man, when you're short on your dough.
You can stay there, and I'm sure you will find
Many ways to have a good time.
It's fun to stay at the y-m-c-a...
20.4.05
impressão dos momentos
Não: devagar.
Devagar, porque não sei
Onde quero ir.
Há entre mim e os meus passos
Uma divergência instintiva.
Há entre quem sou e estou
Uma diferença de verbo
Que corresponde à realidade.
Devagar...
Sim, devagar...
Quero pensar no que quer dizer
Este devagar...
Talvez o mundo exterior tenha pressa demais.
Talvez a alma vulgar queira chegar mais cedo.
Talvez a impressão dos momentos seja muito próxima...
Álvaro de Campos, in Não
19.4.05
eternal flame
18.4.05
basta o reflexo do sol
15.4.05
oscilação e inconstância
O nosso procedimento habitual é seguir as inclinações do nosso desejo, para a esquerda, para a direita, para cima e para baixo, para onde quer que nos empurrem os ventos das circunstâncias.
Não pensamos no que queremos senão no instante em que o queremos, e mudamos como o animal que adquire a cor do local onde o pousam.
O que agora mesmo acabámos de projectar, em breve o viremos a alterar, e, pouco mais tarde, voltaremos sobre os nossos passos: tudo não é senão oscilação e inconstância.
Michel de Montaigne, in 'Ensaios - Da Inconstância das Nossas Acções'
14.4.05
diferente para cada um
Há pessoas a quem o arranhar das paredes impressiona
E outras que se não impressionam
Mas o arranhar das paredes é sempre igual
E a diferença vem das pessoas.
Mas se há diferença entre este sentir
Haverá diferença pessoal no sentir das outras coisas
E quando todos, pensem igual duma coisa é porque ela é diferente para cada um
Fernando Pessoa, in Para Além Doutro Oceano de C[oelho] Pacheco
12.4.05
doce sorriso
11.4.05
para ser quem quer partir
6.4.05
a vida leve
4.4.05
um pensamento visível
"O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio."
Alberto Caeiro, O Amor é uma Companhia
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