Hum... Voltei aqui. Ainda não desisti das fotos, e estou farta dos 'sapoides'. Desta vez 'posto' um texto que um amigo meu escreveu, e que passa por ser algo que se passou com ele, numa destas manhãs. Eu diverti-me ao lê-lo. Por isso, e já que ele me deu autorização para o fazer, vou partilhá-lo. Obrigado Rui, por estes momentos delirantes!! Gosto muito de ti!!!
"7:45 de quarta-feira, 18 de Agosto de 2004. Sou acordado pela minha mãe. O tempo está muito mau e sou solicitado para, à imagem de tempos idos, a levar até ao trabalho. A subida desde a estação do Dafundo até às novas instalações é acentuada e com chuva não é agradável.
Saímos de casa e a vigem decorre sem problemas. Quando chegámos convida-me para um café, que eu recuso porque ainda é cedo para entrar ao trabalho e vou aproveitar para dormir uma horinha antes.
Deixo-a com um sorriso de contentamento nos lábios, meto primeira e preparo o meu regresso ao Departamento de Desporto. O percurso é sempre o mesmo! Sempre? Quase sempre!
Ao descer em direcção à marginal cometo um erro que vai ser crasso no desenrolar da viagem. Em vez de usar a segunda saída e fazer inversão de marcha, tal e qual um emigrante que desconhece o meio em que se move, saí na primeira oportunidade que tive. Resultado, estava em sentido contrário ao que queria ir. Estava no sentido Lisboa – Cascais.
Não há problema, pensei eu! Saio na próxima, faço inversão de marcha e volto para trás.
Uns metros à frente, uma saída aponta para Queijas. Viro à direita e vejo a bomba da GALP onde abasteço o depósito! Esta foi a das poucas coisas acertadas que fiz durante toda a manhã!
Com o depósito cheio continuo caminho na estrada de duas faixas em cada sentido, à espera de encontrar uma rotunda, um cruzamento ou entroncamento onde pudesse realizar a tão almejada manobra. Próxima placa por cima da faixa onde circulava podia ler-se “A5Lisboa/A1Norte”! Estava a entrar na auto-estrada de Cascais, com o trânsito todo parado.
Entre o ponto-morto e a primeira lá fui deslizando entre os carros. Um deles era um Mercedes enorme com o Nuno Gomes lá dentro! O chamado carro de trabalho!
Ouço na Antena1 que tinha ocorrido um acidente envolvendo várias viaturas na descida de Miraflores. 1 hora e quarenta minutos foi o tempo necessário para transpor essa barreira.
Deu para dormir dentro do carro, com ele desligado, em plena faixa central do auto-estrada, ouvir musica, gastar dinheiro em chamadas telefónicas...
Passado o acidente, o caminho estava aberto. Subir Monsanto e descer em direcção à placa “Av. de Ceuta” era canja!
Cruzei-me com a placa... mas quando dei por mim tinha uns cabos a passar-me por cima da cabeça. Era Ponte 25 de Abril! Estava a caminho de Almada! Era complicado o dia correr de forma mais desastrada!
Segui caminho e pensei que o melhor a fazer seria apanhar o barco para o Cais do Sodré! Assim não haveria mais problemas.
Chegado a Cacilhas, fui para mais uma bicha desta vez para pôr a viatura na embarcação e finalmente poder ir trabalhar!
Eis senão quando, me lembro que me estava a dirigir para um serviço pago e não tinha dinheiro na carteira. OK, era só tirar o carro da fila e ir procurar um Multibanco. Levantei dinheiro e decidi que nem tudo podia correr mal e fui beber café e degustar uma queijada de leite.
Depois do repasto fui novamente para a fila para comprar o bilhete. Avança um carro, avança outro e carro a carro lá me fui chegando à frente. A cancela fechou e eu fiquei com um carro à minha frente! Não há problema... espera-se pelo próximo barco!
Olho para o relógio e ele marcar 11:20. Saio do carro para aproveitar e adquirir o titulo válido para embarcar no seguinte. É quando sou informado que o próximo barco sai ao meio dia. Decido voltar à Ponte 25 de Abril e encarar o transito do garrafão!
Onze horas e cinquenta minutos da manhã dos dezoitos dias do mês de Agosto de ano da graça de dois mil e quatro estacionei finalmente em frente ao edifício amarelo da Rua Cais do Gás ao Cais do Sodré.
Não é o resumo de um filme pseudo-comédia de domingo à tarde na TVI. É um resumo de uma manhã vivida por mim."
3 comments:
O blog ficou concerteza enriquecido com o texto do Rui. E é bom voltar a ver-te na blogosfera...
Mas já agora também te digo que valia a pena escreveres sobre S. Cristovão, aquela noite belíssima, as tuas descobertas musicais, a equipa onde jogas- como são as colegas e cada jogo, coisas que te lembres, sei lá, tanta vida para partilhar! Fico à espera sem stress...
Beijinho
Luís
Muito bem!
Pela primeira vez a minha vida exposta na comunidade virtual!
Gostas muito de mim!?!? Ena!! Finalmente alguém! :))
Beijoca
I told you so :-) Que o sapo não era assim muito de confiança.
E eu também fico à espera de novidades só tuas! É desta que te vou juntar à minha lista???
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