"Um dia, o mais provável é tornares-te num chato, deixares de sair à noite e começares a levar-te demasiado a sério.
Nesse dia, vais começar a vestir cinzento e beje, pedir para baixar o volume da música e deixar a tua guitarra a apanhar pó.
Vais tornar-te politicamente correcto, socialmente evoluído, economicamente consciente.
Vais achar que tens de ir para onde toda a gente vai e assumir que tens de usar fato e gravata todos os dias.
Nesse dia, vais deixar de beijar em público, as tuas viagens serão mais vezes no sofá e dormirás menos ao relento.
Vais entrar na idade do chinelo e deixar de ser quem foste até então.
Vais deixar de te sentar ao colo dos amigos, e vais esquecer-te de como se faz um quantos-queres ou um barco de papel.
Vais ficar nervosinho se não trocares de carro de quatro em quatro anos e desatinar se o hotel onde estiveres não te der toalhas para o teu macio e hidratado rosto.
Vais tornar-te muito crescido e começar a preocupar-te com tudo e com nada e a não fazer nada porque “vai-se andando” e a vida é mesmo assim.
Vais dizer não mais vezes, vais ter mais medo, vais achar que não podes, que não deves, que tens vergonha.
Vais ser mais triste. Nesse dia, o mais provável é que também deixes de beber refrigerantes.
Aqui fica uma ideia: quando esse dia chegar, não lhe fales."
(Embora não concorde com todas estas frases, gosto da filosofia do inconformismo. Não acho que seja uma questão de idade, pois deve ser transversal a todas elas. Alguns pensamentos e atitutes deixam de fazer sentido ao longo do "crescimento" como pessoas (o que não é obrigatoriamente proporcional à idade), e são substituidos por outros, por novas realidades, por novas formas de estar. A essência do rir, do espirito de aventura, do viajar, do inconformismo e até do medo, é que se deviam manter!
Quando esse dia chegar, argumenta com ele! (este anuncio daria uma boa tertúlia :P))
5 comments:
Eu achei o texto fantástico e identifiquei-me imenso com sua a sua mensagem...
Vou recusar para sempre a idade do cheinelo (e como já disse algures) e eu nem bebo refrigerantes :P
Já tinha reparado nesta campanha publicitária da Sumol q está excelente. Uma boa mensagem a ter sempre presente
A Sumol esteve muito bem com esta campanha publicitária.
Apela ao espírito livre e sem preconceitos, a mantermo-nos saudavelmente irreverentes!
Vou pôr este postal na parede! Bem, não na parede, mas no quadro de cortiça que está na parede!
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Huuummm...tou a tomar consciência de um novo caso de Benjamina Buttona, fixe vou a acabar a jogar a bola na rua!
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