Ontem recebi um mail '.pps', daqueles que geralmente só abro, ou porque tem mesmo um nome muito apelativo ou por respeito às pessoas que me o mandam.
Este tinha como titulo o 'princípio do vazio', e no fundo era um conjunto de frases que tinham como pano de fundo imagens de capitais europeias. Entre muitas banalidades, uma ou outra frase deixou-me a pensar, como a que dizia que tínhamos de criar um vazio dentro de nós, para deixar entrar novas coisas, sentimentos e pessoas na nossa vida; que não devíamos guardar objectos que já não utilizamos, roupas que já não usamos, sentimentos ‘ruins’, rancores, dissabores….
(suspiro)…
(outro suspiro)…
Está tão difícil ter um pensamento coerente e lógico… Tão depressa sou um turbilhão de emoções, sentimentos, duvidas, certezas, desilusão, esperança… Como sou um vazio… simplesmente um vazio… uma apatia... como que um hibernar acordado...
(suspiro)..
35 anos.
(suspiro)…
(outro suspiro)…
Está tão difícil ter um pensamento coerente e lógico… Tão depressa sou um turbilhão de emoções, sentimentos, duvidas, certezas, desilusão, esperança… Como sou um vazio… simplesmente um vazio… uma apatia... como que um hibernar acordado...
(suspiro)..
35 anos.
O que faz e o que não faz sentido, quando chegamos a esta altura da vida?...
Nunca liguei, nem estive presa a idades.
Simplesmente sou.
Sou o que sinto.
Sou o que recebo dos outros.
(Re)ajo pelo que sinto…
Sou o que sinto…
..O que sinto eu?
Talvez uma dor…
Talvez um vazio…
Talvez um recomeçar de novo…
(suspiro)…
O que faz e o que não faz sentido?...
(suspiro)…
O que faz e o que não faz sentido?...
O que me interessa?
Serei interessante para os outros?
De que forma me importam os outros??
Serei importante para os outros?
O que faz e o que não faz sentido?...
2 comments:
:/
"Sou o que sinto."
Há tempos, num qualquer site de astrologia ou coisa parecida, esta era "a" frase que me caracterizava. Não a registei no momento e acabei por me esquecer da exacta sequência destas 4 palavras... Acaso dos acasos (ou não) vim encontrá-la precisamente aqui!
Lembro-me de tb já ter visto esse mail, embora não me lembre dele na integra, nem tão pouco mais ou menos, mas lembro-me do que descreves. Percebo o sentido, mas não concordo com o "criar um vazio", gosto de me sentir cheia e pesa-me quanto mais vazia me sinto... Acho, por outro lado, que por vezes estamos tão emaranhadas em sentidos e sentimentos que nos esquecemos ou optamos mesmo por não ter as portas abertas a "novidades" que possam estremecer o que temos, preservamos ou tentamos proteger. Quando damos conta, não só nos mantivemos fechados a novas coisas (entenda-se coisas como pessoas, relações, sentimentos, experiências...) como também nos afastámos de uma imensidão de coisas que nos eram importantes. Vamos aprendendo.
Quanto aos objectos e afins, tenho uma imensa dificuldade em me livrar deles... Muitos não me servem para nada é certo, muitas vezes estão escondidos e passo eternidades sem os ver e lembrar sequer, mas não me consigo desfazer deles... São meus.
Gosto de viver "numa boa", em paz comigo mesma e com os outros. Tenho tendência para deixar passar certas coisas e não lhe dar grande importância, é-me dificil criar ódios e rancores. Quando os crio, normalmente já vêm numa longa batalha e torna-se ainda mais dificil desfazer-me deles, talvez porque são mesmo sentidos.
Acredito que da forma que (todos) os outros são importantes para nós assim nós somos para eles. Nem sempre de um modo recíproco, talvez nem o seja na sua maioria. Mas tal como nos identificamos mais com este ou com aquele, ou como o outro ou aqueloutro nos é mais indiferente, assim nós somos para os outros.
Importam-nos aqueles que dão sentido aos nossos sentidos. Aqueles que nos transmitem valores. Aqueles que te levam a dizer que és aquilo que recebes deles. Importa o quanto cresces com isso. Do mesmo modo, também tu serás assim importante para alguns desses outros.
Pelos menos, é assim que (agora) vejo as coisas...
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